Lisboa
Giríssima, ó pá
Linda, inteiramente restaurada e civilizada como nunca, a cidade não deixa dúvida de que Portugal voltou a fazer parte da Europa. Tudo o que há 25 anos podia parecer pobreza ou subdesenvolvimento hoje é puro charme e personalidade.
Se você deixar a implicância de brasileiro em casa, pode ver Lisboa como quem vê Praga: uma cidade bonita de um jeito que normalmente não se permite a uma cidade fora da Itália. (E os preços também são de Leste Europeu.)
Suba em todos os miradouros, vá aos novos museus de Belém (a Coleção Berardo e o Museu do Oriente), caia na noite do Bairro Alto, atravesse o Tejo para ver o skyline de Lisboa da outra margem, dê um pulinho no Oceanário, passe um dia nas alturas em Sintra – e coma muitos pastéis de nata por mim, se faz favor.
Quando ir
Não há época desaconselhável para ir a Lisboa.
Seus invernos são amenos em comparação ao norte da Europa (pense em temperaturas mínimas de 8 graus) – e bem menos chuvosos do que no norte de Portugal.
Julho e agosto são muito quentes (com máximas em torno de 30 graus), mas nada que você nunca tenha vivido num verão brasileiro. A vantagem é que quase não chove.
O clima ideal para turistagem é o no fim da primavera (maio/início de junho) e no começo do outono (meados de setembro/começo de outubro), quando os termômetros dificilmente marcam abaixo de 15 graus, e as chuvas, moderadas, não chegam a atrapalhar.
Como chegar
A TAP voa sem escalas de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Natal e Fortaleza. Todas as outras companhias européias levam à cidade com apenas uma conexão.
Vindo do exterior, esqueça o trem. Os trilhos são úteis apenas para viajar por Portugal. A ligação com Madri é lenta e tem apenas uma freqüência noturna. Tampouco há trens que conectem o Algarve à Andaluzia (neste caso, venha de ônibus).
As cias. low-cost que servem Lisboa são a Vueling, a easyJet, a Air Berlin e a GermanWings. A Ryanair opera no Porto. Antes de comprar low-cost, orce incluir Lisboa na sua passagem transatlântica e confira os preços das cias. convencionais.
Onde ficar?
Na minha opinião, a região entre o Chiado e o iniciozinho da avenida Liberdade é a mais interessante – supercentral para a turistagem e próxima à noite do Bairro Alto.
O máximo aonde eu chegaria –.e se os preços estiverem convidativos – é ao final da avenida, à altura da rótula do Marquês do Pombal. Quem fica por ali está a duas estações de metrô de Restauradores, na entrada do centro (de onde o elevador da Glória leva ao Bairro Alto).
A Baixa é bem localizada e tem hotéis baratos, mas à noite fica vazia e mal-encarada. Os hotéis da região do Parque Eduardo VII ficam um pouco longe pro meu gosto. Se vai alugar apê, procure no Príncipe Real.
Daqui pra onde?
Lisboa é excelente base para bate-voltas. De trem, em meia hora você chega a Sintra ou Cascais. De ônibus dá para ir a Óbidos (1h), Évora (1h45),Fátima (1h30), aos mosteiros daBatalha (2h) e de Alcobaça (2h).
Portugal é perfeito para percorrer de carro. Alugue nos últimos dias da estada em Lisboa, faça os bate-voltas, e depois continue para o norte (Coimbra, Hotel do Bussaco, Aveiroantes do Porto) ou para o sul (onde se destaca o Alentejo – Évora, Marvão,Monsaraz).
Do norte você pode emendar à Espanha (La Coruña, Santiago de Compostela). A Madri ou Barcelona, vá de avião. A Sevilha, vá de trem a partir de Madri ou de ônibus saindo do Algarve (Albufeira, Portimão ou Faro).
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